Ao mesmo tempo, ela acaba por ser bombardeada de atividades e
compromissos que supostamente, da a família uma certa esperança de que possa
vir a ser útil um dia. Ele acaba realizando uma série de atividades e terapias
que fazem com que, geralmente acompanhado de sua mãe, caminhe de um consultório
para outro, de uma terapia para outra. Isto é claro sem contarmos a natação, a
escola, as consultas médicas (cardiológicas, foniatra, neurologista, ortopedista,
otorrino, oftalmologista...).Ele é efetivamente uma vítima acentuada das
obrigações precoces, com pouco ou nenhum tempo de sobra para ela brincar,
criar, relaxar, sendo que esta é a oportunidade em que mais se desenvolve.
Essas terapias trazem benefícios a pessoa portadora de deficiência
mental é óbvio. Mas o desgaste dele próprio e da família acaba por tomar este
processo estafante para ambas, que não fazem outra coisa a não ser marcar
consultas, perdendo assim o que pode ser caracterizado como um dos traços mais
ricos em um relacionamento entre mãe/ pessoa portadora de deficiência mental,
família/ pessoa portadora de deficiência mental e ou sociedade/ pessoa
portadora de deficiência mental: a naturalidade (Monteiro, Camargo e Blascovi –
Assis 1989).
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